terça-feira, 22 de maio de 2012

Porque comprar sua viagem através de agências de viagens?

Aqui estão algumas dicas para quem quiser avaliar os dois modelos de venda de viagens. O passageiro que escolhe comprar sua viagem por uma agência tem a sua disposição uma série de vantagens. A primeira, o atendimento por um consultor experiente para orientar a sua escolha de viagem, tanto para destinos nacionais quanto internacionais. Esse contato é importante porque na maioria das vezes o consultor já esteve no destino que você deseja conhecer. As informações passadas ao cliente dão mais segurança para quem deseja viajar e não conhece o lugar. A pessoa fica mais confiante de viajar sabendo que está lidando com alguém que dispõe de técnica profissional para dar dicas importantes, disponibilizar o seu telefone para contato, o e-mail para tirar dúvidas e ainda, facilitar a escolha da viagem do cliente conforme a sua disponibilidade financeira. Isso elimina aquela angustiante preocupação dos viajantes independentes de como vai se inteirar do roteiro na sua chegada ao destino. Outra vantagem está na oferta de melhores preços de diárias de hotéis, de tarifas das companhias aéreas, a agilidade na confirmação da reserva e o leque de opções de tours nos destinos. Isso ocorre porque a agência trabalha com um número cada vez maior de clientes individuais e de empresas, movimenta regularmente um fluxo constante de capital no segmento. Em função disso, a agência pode oferecer descontos, lançar promoções com mais frequência dos seus pacotes e das excursões, dar crédito pela empresa para sua viagem, parcelar em todos os cartões de crédito o pagamento de hotéis, passagens aéreas nacionais e internacionais, informar sobre todos os horários de voos disponíveis, os valores de cada companhia que realiza aquele trecho e tem mais, entregar aos clientes os bilhetes aéreos. Da mesma forma é para escolha de hotéis, cruzeiros marítimos e resorts. Além disso, a agência desenvolve todo o trabalho de marketing inserindo seus principais produtos, inclusive dos parceiros, em anúnios para veiculação em jornais e revistas, em exposição de banners nas lojas, em outdoors espalhados pela cidade, em panfletos impressos em gráficas para distribuição entre os clientes ou através de seus newsletters. O outro caminho é a venda da viagem pela internet. Hoje, existem inúmeros sites dedicados ao segmento de turismo que apresentam uma série de opções de escolha para vários destinos desvinculados de qualquer agência. E esse excesso de oferta na internet, muitos pouco confiáveis, deixa a pessoa confusa, dificulta a escolha e abre espaço para as “armadilhas” nas viagens via web. Outro ponto é que na compra da viagem pela internet o passageiro terá que fazer tudo sozinho e no final sai mais caro para o consumidor. É preciso muito cuidado ao comprar passagens aéreas, pacotes ou excursões via internet, como qualquer produto online: observar a procedência da empresa, se ela é reconhecidamente idônea fora da web, certificar-se se o site possui sistema de segurança, antes de entrar com o número do cartão de crédito dentre outros. Para se ter uma ideia da dimensão do problema, um relatório feito pela Comunidade Européia com 386 sites que comercializam passagens aéreas, hotéis e passeios revela que os consumidores que compram este tipo de produto pela internet ainda enfrentam problemas graves e persistentes. Em 13 países da Uniâo Européia e da Noruega, aproximadamente um terço(137) utilizava publicidade enganosa e práticas desleais contra os consumidores. Isso resultou numa ação em que metade dos sites foram forçados a efetuar correções. O relatório ainda menciona que muitas páginas analisadas apresentaram múltiplos problemas, como indicação enganosa dos preços, cláusulas contratuais irregulares e indisponibilidade das ofertas anunciadas. Esses problemas foram constatados em todo o setor de viagem independente, no de transporte aéreo e em alguns casos, em operadores clandestinos. Outro assunto mencionado foi que as eventuais limitações a que estão sujeitas as ofertas especiais sejam claramente indicadas e que os consumidores tenham acesso a contratos equitativos em sua própria língua. A situação não é diferente no Brasil. Os problemas são idênticos da internet na Europa. O mais comum está arelacionado com a compra do bilhete aéreo e da hospedagem. A pessoa acessa o site, espera por algum tempo para confirmação da compra do bilhete após ter digitado todos os dados necessários, inclusive os de cartão de crédito, até aparecer na tela informando que a compra não havia sido concluída. O cliente tenta de novo a compra do bilhete e a operação é feita com sucesso, com o código da reserva dessa compra. Mas, 30 dias depois, a pessoa é surpreendida com a cobrança das duas compras na fatura do cartão. Isso sem falar das inúmeras dificuldades de acesso para solucionar alterações de voo de bilhetes comprados pela internet. Pode ficar certo que vai perder um bom tempo para concluir a modificação do voo, que seria facilmente resolvido por uma agência que disponibiliza uma estrutura de apoio para tais casos. Tem sites que apresentam a relação de destinos e códigos posicionados próximos do campo de escolha. Um erro na hora de clicar num hotel ou pousada é aborrecimento na certa. Outra coisa, a imagem do destino, do hotel ou da pousada apresentada no site sempre difere a realidade do produto que está sendo oferecido. Normalmente, a viagem independente é um risco, termina por um valor bem acima do considerável. Isso ocorreu com muitos passageiros que viajaram sem pacote da agência para Buenos Aires, Bariloche e Santiago e não encontrou um hotel que fizesse reserva a não ser por agência. Nesse caso, hospedar em lugares alternativos não pode compensar financeiramente a viagem, principalmente, na temporada da alta estação quando a situação fica ainda pior por lá. Resultado, o cliente paga caro, sem opção de um hotel e dos serviços incluídos no pacote das agências que incluem passeios, traslados, voos, conexões de sua escolha. O que foi gasto pela escolha da internet daria para adquirir um pacote pela agência por um valor baixo e até para ficar naquela localidade pelo menos por mais dois dias. E quando o destino é internacional a viagem independente fica mais complicada por causa das exigências para o acesso em alguns países, como os EUA, a Espanha, a Inglaterra, que está condicionada a comprovação da viagem com visto no passaporte, documentos que justifiquem os motivos da permanência temporária naquele país, a apresentação de um roteiro de viagem detalhado, contendo voos de chegada e de retorno, acomodação no hotel, itinerário de visita as cidades e seus pontos turísticos dentre outros. O Procon de São Paulo orienta o consumidor que antes de optar por programar a viagem para qualquer destino pela internet deve consultar alguém que já tenha estado no local, buscar informações mais precisas da empresa anunciante e não se basear apenas nos dados que estão no site. Quando for fechar o negócio, é indispensável que o cliente exija receber uma confirmação da compra por fax ou e-mail e ainda, um comprovante de pagamento com a assinatura de alguém responsável pelo empresa anunciante no site, mesmo que seja uma assinatura digital. O consumidor também deve guardar qualquer documento e anúncios publicitários da internet referentes ao pacote ou à passagem aérea adquiridos, pois no caso do não cumrpimento de algum ítem anunciado, os folhetos digitais podem funcionar como prova do que foi prometido. No caso dos pacotes com serviços incluídos, o consumidor deve imprimir a programação e levá-lo junto, caso o oferecido seja diferene do que foi prometido no site. O Procon ainda recomenda que a compra seja feita em uma loja de uma agência de viagem cadastrada na Embratur. E na hora de pagar, o depósito para reserva seja do menor valor possível e que o resto seja pago mediante comprovante por escrito. Resumindo, a pessoa tem que tomar todos os cuidados para as compras virtuais de produtos turísticos pela internet. Essa escolha exige atitudes específicas, para evitar possíveis prejuízos e transtornos. Agora, a decisão é sua. Boa viagem. Por uma agência, é claro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário